Teresa estava com Rodrigo todos os dias. Ele era só mais um em meio a tantas gentes com quem tinha de conviver. Ela ignorava o quanto do seu tempo aquele homem lhe dedicava. Não sabia, por exemplo, que pensando em seus olhos e em sua boca, compôs um tanto de músicas. Um tanto de papéis gastara riscando um desenho que a retratasse, procurando uma forma inédita de dizer sobre o peso da sua luz, sobre o sismo sofrido quando da sua presença e do deserto gigantesco a se apropriar do peito dele quando ela se afastava.
Teresa nunca reparara como ele a buscava e como trazia seus ouvidos atentos à mais breve palavra que ela viesse a proferir. Ele a sorvia, inalava, degustava sem que ela tivesse ciência disso.
Era ela chegar para Rodrigo se encher de gozo, seu rosto se iluminar com um sorriso discreto, mas pleno de uma felicidade só conhecida por ele. Acredito que outras pessoas percebessem o que vinha acontecendo a ele, menos ela.
Ele lhe havia decorado a geografia, as palavras preferidas, o modo como olhava e como passava a mão pelos cabelos. Achava-a linda. De qualquer jeito. Às vezes, percebia nela alguma tristeza. Tinha só era vontade de salvá-la. Mas talvez fosse ele quem precisasse ser salvo.
Teresa nunca reparara como ele a buscava e como trazia seus ouvidos atentos à mais breve palavra que ela viesse a proferir. Ele a sorvia, inalava, degustava sem que ela tivesse ciência disso.
Era ela chegar para Rodrigo se encher de gozo, seu rosto se iluminar com um sorriso discreto, mas pleno de uma felicidade só conhecida por ele. Acredito que outras pessoas percebessem o que vinha acontecendo a ele, menos ela.
Ele lhe havia decorado a geografia, as palavras preferidas, o modo como olhava e como passava a mão pelos cabelos. Achava-a linda. De qualquer jeito. Às vezes, percebia nela alguma tristeza. Tinha só era vontade de salvá-la. Mas talvez fosse ele quem precisasse ser salvo.
Luciana Gomes
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