sexta-feira, 9 de novembro de 2018



Eu peço, minha amada, não fique desfilando o seu sorriso doce e terno por aí. Não esfregue na minha cara o quanto de amor e felicidade há em seu coração.
Incomodam-me o seu sucesso, a admiração que os outros, todos tolos, têm por você, e a sua alegria de viver. A sua gratidão por tudo me dá raiva.
Eu peço, amada minha, não seja. Rasteja, implora, submeta-se. Nem me veja tal como sou. Você não tem esse direito. Os defeitos são todos seus. A virtudes, minhas.


Luciana Gomes

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