quarta-feira, 28 de julho de 2010


Um estranho visitou-me essa madrugada.
Trazia ele mãos macias e flor de cerejeira.
Chegou, fitou-me carinhosamente,
aconchegou-me ao seu corpo,
beijou-me entre os olhos,
trançou-me os cabelos.

Nada mais fez.

O estranho, névoa almiscarada,
assim como chegou, desapareceu.
Deixou-me em estado de árvore
grávida de mim mesma.

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