
Um estranho visitou-me essa madrugada.
Trazia ele mãos macias e flor de cerejeira.
Chegou, fitou-me carinhosamente,
aconchegou-me ao seu corpo,
beijou-me entre os olhos,
trançou-me os cabelos.
Nada mais fez.
O estranho, névoa almiscarada,
assim como chegou, desapareceu.
Deixou-me em estado de árvore
grávida de mim mesma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário