sexta-feira, 9 de novembro de 2018




Triste sabê-la assim: sofrendo. Uma mulher em busca do amor inteiro, pra sempre, verdadeiro; do amor nossa casa, nosso canto, café da manhã, flores sobre a mesa, noite enluarada; amor dias de sol na praia, amor abraço apertado, amor seguro colo aconchego.
Triste vê-la sem rumo, doendo dos pés à cabeça, doendo no coração e no ventre, doendo na alma a pior dor que se pode sentir.
Você pode se perguntar "por quê?", "por que assim, sem aviso prévio?", "por que conosco, comigo, que tanto o ajudei a se tornar homem?", "por que logo agora, quando eu queria o 'nosso lar', ele quis asas, pernas a buscar outras paragens?"
Quantas perguntas! Poucas as respostas que satisfazem. Nenhuma talvez estanque o sangue invisível a escorrer levando todo dia um pouquinho da sua vida. Nenhuma a parar essa taquicardia, os tremores, a depressão que a assalta nas horas preguiçosas desses dias modorrentos.
Mas não se esqueça, mulher, não se perca. Você é admirável por ter saltado na escuridão que é o OUTRO, por ter enfrentado seus medos, por ter mergulhado em queda livre numa vida a dois, por ter criado laços, se entregado aos abraços, por ter acreditado no amor.
Por favor, NÃO SE PERCA!"


Luciana Gomes

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