Por bom conselho de uma escritora, em vez de escrever cartas pra ninguém, resolvi escrever cartas pra mim mesma. Até porque pagar por sessões de psicanálise está saindo muito caro pro meu pouco dinheiro, e escrever é também uma forma de terapia, de exorcizar minha coleção de tantos fantasmas.
Se alguém um dia vai ler o que aqui se encontra, não sei. Não é com esse objetivo que me inscrevo, descrevo, me encerro e liberto. Escrevo pra não esquecer quem sou, pra lembrar que ainda vale ser. Escrevo pra libertação, pra ganhar asas, ou pra não mais me permitir, ou a quem quer que seja, podá-las. Pra me proteger de mim e do Outro.
Registro neste espaço, além das palavras, meus brancos, vazios, silêncios. As tantas perguntas sem respostas, as respostas pras perguntas ainda não feitas.
Se alguém um dia vai ler o que aqui se encontra, não sei. Não é com esse objetivo que me inscrevo, descrevo, me encerro e liberto. Escrevo pra não esquecer quem sou, pra lembrar que ainda vale ser. Escrevo pra libertação, pra ganhar asas, ou pra não mais me permitir, ou a quem quer que seja, podá-las. Pra me proteger de mim e do Outro.
Registro neste espaço, além das palavras, meus brancos, vazios, silêncios. As tantas perguntas sem respostas, as respostas pras perguntas ainda não feitas.
Luciana Gomes
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